"Frustração define a situação das ferrovias do Estado", diz vice-governador

Foto Divulgação

O vice-governador do Estado, Gabriel Souza (MDB), não está nada satisfeito com a falta de perspectivas para a retomada dos trechos de ferrovias que foram destruídos pelas enchentes em maio. 


Depois de quatro meses, a Rumo Logística ainda não tem detalhes da situação e não pretende reconstruir as ferrovias se não houver a renovação do contrato, que acabaria em 2026. Nesta semana, houve reunião do Estado com a Rumo e o governo federal, mas o saldo não é positivo.


​​​​ ​+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp 


– A gente teve uma frustração, eu vou ser sincero, porque eu imaginava que, depois de 120 dias, seria entregue um diagnóstico. A única concessionária que atua no Rio Grande do Sul e que teve seus ativos atingidos pelas enchentes e que não entregou o diagnóstico do que aconteceu foi a Rumo. Eu imaginaria que fosse entregue, mas não foi. Essa foi a minha frustração nessa reunião desta semana, que só aconteceu porque o Estado está em cima. A Rumo adiou duas vezes. Se não fosse o Estado, talvez nem tivéssemos tido contato com a concessionária, e o governo federal participou a nosso convite. Por outro lado, a boa notícia é que, depois de muita pressão do Estado, foi criado um grupo de trabalho, pelo governo federal, porque a concessão é federal e não está só no Rio Grande do Sul, mas também em Santa Catarina e Paraná. E essa malha está obsoleta, depreciada, quase nunca atendeu nossas expectativas e demandas, e com as enchentes, teve impactos ainda maiores – afirmou.



Atualmente, só a ferrovia de Cruz Alta a Rio Grande está operando em todo o Estado. Esse grupo de trabalho vai definir qual seria a solução para que demais trechos destruídos voltem a funcionar. A estimativa é de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões para recuperar esses trechos, numa extensão de 800 km. Isso é quase metade do que o Estado tinha de ferrovias em operação antes da enchente.

 
– Esse grupo de trabalho vai discutir soluções e propor, provavelmente, um novo traçado não vai ser mais onde era antes. Estamos, inclusive, sem ligação férrea com Santa Catarina e o resto do Brasil. Precisamos solucionar isso rápido, estamos pressionando o governo federal, a ANTT e a própria Rumo. Esperamos que, com esse grupo de trabalho possamos avançar e ter uma solução para esse assunto – disse Souza, à Rádio CDN nesta quinta (5).

 
O grande problema é que não há previsão alguma de solução e retomado desses trechos bloqueados: de Santa Maria e do Polo Petroquímico a Canoas, de Canoas a Santa Catarina e de Roca Sales a Passo Fundo (Ferrovia do Trigo).

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

RGE investe R$ 49 milhões em nova subestação em Santa Maria Anterior

RGE investe R$ 49 milhões em nova subestação em Santa Maria

130 deslizamentos de terra foram registrados em Santa Maria nas enchentes de maio, aponta pesquisa Próximo

130 deslizamentos de terra foram registrados em Santa Maria nas enchentes de maio, aponta pesquisa

Deni Zolin